inovação

Sobre nomenclatura: inovação socioecológica

Publiquei um artigo no medium, propondo o uso da expressão "inovação socioecológica" para construir uma narrativa comum entre diversos projetos:

Inovação Socioecológica

Implodiram-se os manuais que simplificavam as questões do mundo. Não existe um conjunto de 7, 10 ou 12 instruções que traga harmonia entre nós seres humanos, outros seres vivos, e tudo aquilo que nos cerca e a eles. Nem se fossem 37 instruções, ou mesmo 42. O manual não-escrito nunca virá.

Ciência Comunitária

Publiquei esse texto no blog do Festival CulturaDigital.Br e na área Rede//Labs do Arquivo Vivo. É também a base do meu pré-projeto de pesquisa no mestrado na Unicamp que começo ano que vem.
Na última década e meia, a crescente disseminação de tecnologias de comunicação em rede propiciou o surgimento e a potencialização de novas formas de criação de conhecimento, com base em arranjos sociais distribuídos e colaborativos. Essa tendência é patente por exemplo no movimento do software livre que, se já existia desde antes da internet comercial, acabou por ganhar massa crítica uma vez que indivíduos e grupos puderam usar a rede para aprender uns com os outros, resolver problemas, explorar novas ideias e publicar código-fonte para ser livremente apropriado e modificado. O resultado foi o surgimento de ecossistemas informacionais autogeridos e baseados em uma emergente ética hacker, impulsionando a evolução colaborativa de conhecimento comum. A comunicação em rede levou também sua influência a outros campos: a desintermediação radical da produção cultural a partir da disponibilização de conteúdo com licenças livres orientadas à generosidade intelectual, a multiplicação dos espaços para debate público com os blogs e redes sociais, a disponibilização ampla de recursos didáticos multimídia, e assim por diante. Em todas essas áreas, ganha força um vocabulário com termos como "livre", "distribuído", "colaborativo", "autogerido".