mauá

Milhas, montanhas e aprendizados

Época agitada, não tem sobrado muito tempo para escrever. Resumindo rapidamente: em setembro estive (pela primeira vez) nos Estados Unidos, mais especificamente no meio do deserto montanhoso em Albuquerque, Novo México. Participava do ISEA, simpósio internacional de arte eletrônica. Encontrei aliadxs, conheci gente nova, vi um monte de personagens que pareciam caricaturas, fiquei meio abalado com episódios e reminiscências.

Os céus sobre o Rio

No início de março, fui convidado pela organização do Circuito arte.mov a participar de sua programação no Rio de Janeiro: um debate na capital - após a oficina de mapeamento aéreo com Andres Burbano -, seguido no dia seguinte de uma incursão à Nuvem, hacklab rural em Visconde de Mauá - que também sediaria a mesma oficina. Eram atividades que me interessavam porque ligadas àquilo que no Labx do Festival CulturaDigital.Br eu tinha chamado de "cartografia experimental". Na época, até havíamos tentado trazer Burbano para o Labx. Ele havia participado do arte.mov em 2010, quando desafiou os organizadores locais a trabalharem "a arte de voar" como tema exploratório para alguma edição futura do evento. A programação que acompanhei no Rio estava moldada por esse desafio.

Ciência cidadã - conversa com Andres Burbano

No começo de março aconteceu a etapa do Rio de Janeiro do circuito Arte.mov, evento que se define como um “espaço para a produção e reflexão crítica em torno da chamada 'cultura da mobilidade'”. A programação contou com debates e apresentações no Parque das Ruínas, na capital fluminense, além de uma oficina de cartografia experimental com o artista e pesquisador colombiano Andres Burbano. A oficina seria realizada novamente no dia seguinte, na Nuvem, Hacklab Rural em Visconde de Mauá – na região serrana entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Burbano desenvolve atualmente na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, EUA, sua pesquisa de doutorado sobre a história das tecnologias de comunicação na América Latina. Ele explora a interação entre ciência, arte e tecnologia, experimentando com possibilidades de desenvolvimento da chamada “ciência cidadã”. A oficina que realizou no Rio e em Mauá tratava de mapeamento aéreo a partir de câmeras digitais presas a balões feitos à mão. Cada balão flutuava por alguns minutos, fazendo fotos que depois seriam utilizadas para gerar cartografias colaborativas da região. Conversamos por alguns minutos, acompanhados dos artistas Bruno Vianna e Cinthia Mendonça, que coordenam a Nuvem junto com Luciana Fleischmann. A conversa começou durante a oficina de mapeamento aéreo.

Rio, lixo, montanhas

Participei durante esse fim de semana da programação do Circuito Artemov no Parque das Ruínas, no Rio, e do Networked Hacklab na Nuvem, em Visconde de Mauá. No Parque das Ruínas tive a oportunidade de apresentar algumas questões que possivelmente vão virar um projeto ligado ao transbordo do lixo de Ubatuba.